8 de out. de 2010

Por que uma pessoa resolve se matar?

Por que uma pessoa resolve se matar? Na edição de 10/07/2010, Wilker pergunta porque uma pessoa resolve praticar o suicídio e pediu para que os caros leitores e leitoras se pronunciassem a respeito. Como não li nenhuma resposta para esse desafio, começo eu dando minha pequena e experiente resposta sobre este tema. Tive casos no meu meio de relações, os quais explano a seguir. Não darei nome aos personagens, para manter seu anonimato como é natural. Uma amiga, que chamarei “J”, professora do primeiro grau, ganhando pouco, vivendo modestamente, mandando dinheiro para a família no interior, comprou um apartamento na planta, de uma construtora que faliu. Perdeu tudo e desesperada ficou, pois havia investido toda sua poupança feita com muito sacrifício. Num gesto tresloucado atirou-se do 7º andar de um edifício, em pleno centro de Porto Alegre, mas embora tivesse se jogado de cabeça, caiu em pé e perdeu ambas as pernas. Resultado ficou para sempre presa numa cadeira de rodas. Sua atitude trouxe mais problemas e uma vida inteira perdida, pois viveu em eterna depressão e dando aos familiares um problema grande a enfrentar. Adiantou alguma coisa? Tudo piorou em sua vida e se ela tivesse enfrentado o problema. Começasse tudo de novo, pois a vida é sempre um eterno recomeçar, sua vida teria um outro destino Nossa hora derradeira só chega quando DEUS assim quer Outros casos presenciei, de pessoas que tentaram, mas que voltaram a viver, graças à intervenção de parentes, de amigos e, depois disto, enfrentaram a vida com muito mais desprendimento, com muita mais garra e que encontraram a felicidade, depois de problemas que antes pareciam insolúveis. Deus muitas vezes põe nossa fé à prova e acredito que temos que enfrentar os problemas de frente, pois depois de um dia ruim, outros virão com melhores perspectivas. Os males que a vida nos trás, não duram para sempre. Infelizmente, nos dias atuais, a vida parece ter pouco valor, pois para o humano mais vale o dinheiro, do que o próprio humano. O suicídio pode ser causa de depressão, de alcoolismo, de desesperança, da honra maculada, de drogas, de fanatismo e até de heroísmo. A definição de suicídio é teórica, se contradiz, é um ponto de interrogação e um desafio a uma resposta definitiva e exata. Quem somos nós para julgar os suicidas? Quando a pessoa toma a decisão de se matar, é porque não vê uma solução para os seus problemas, para a sua desesperança. Devemos ter sempre uma razão para viver e as pessoas que não conseguem ver isso devem ser tratadas, amadas, acolhidas e nunca condenadas. Casos de heroísmo são comuns em cidades orientais, onde “kamikazes” se imolam para se tornarem heróis em seu país. Caso de fanatismo teve na seita “Peoples Temples”, nos Estados Unidos, onde um suicídio em massa foi realizado pela fé que acreditavam ter. Nos casos de honra maculada é próprio de políticos que se viram ameaçados por corrupção a eles atribuída e que por vergonha de enfrentar um tribunal, preferem tirar a própria vida, muito comum também em países orientais. Aqui no Brasil não há perigo de suicídio por parte de políticos com a honra maculada, pois se isto acontecesse, os cargos públicos ficariam vazios, tamanho o número de corrupção sem qual quer punição, ao contrário, eles estão nos palanques, enfrentando com escárnio a nós, tristes espectadores. Convoco os leitores e leitoras a enviarem ao Wilke a sua opinião sobre este tema ora abordado, a fim de que tenhamos outras reflexões sobre este assunto tão amplo e discutível. Quanto a mim, cumpri minha parte, muito embora muitas mais coisas poderiam ser escritas e discutidas.
                 
                                                              Mary Brown da Silva

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